terça-feira, 3 de maio de 2011

Palavras o vento leva
e nos ensinam a falar.
De Obama para Osama
só muda uma letra
Mas é melhor deixar como está
São tantos são os ventos da vida
Que muita verdade foi perdida
Se um subiu as montanhas
O outro ruminou nas entranhas
E tantas foram as violências
que não há mais o que fazer
senão esperar por um ataque
que pode nunca acontecer.

Do Vietnam a Islamabad

Palavras o vento leva
e nos ensinam a falar.
De Obama para Osama
só muda uma letra
Mas é melhor deixar como está
São tantos são os ventos da vida
Que muita verdade foi perdida
Se um subiu as montanhas
O outro ruminou nas entranhas
E tantas foram as violências
que não há mais o que fazer
senão esperar por um ataque
que pode nunca acontecer.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Nem tanto

Adeus Vietnam

Aquela que vos fala
no varejo cala
no atacado grita
no canto suplica
no silêncio espia
são gerações de miséria
São misérias de medo
Do outro lado do mundo
ficou meu segredo.

Sorria, você não está sendo filmado

De tudo e de todos
guardo alegria
escondida na meia
um pouco de açúcar
outro tanto de areia
Se você deixar um recado
deixo a vida de lado
e me entrego sem razão
só o alívio de suas mãos
só um resto de vida
na camisa um só botão

terça-feira, 30 de novembro de 2010

ALGUMAS VOZES ME CHAMAM

Algumas vezes

Daqui de cima ensaio o pulo
Olho de novo pra cima e pra baixo
Estou certa de que, se pular, eu caio sem volta
Não sou diferente de ninguém
Apesar de mim, sou sempre assim
Uma pessoa carente que ameaça o destino
Igual menino,
Dá trabalho, mas não cai.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Poesia é mistério
Coisa vaga
Quando se divaga
Asa mística
Se você se belisca

Traga um saco de letras
Presas com laço apertado
Elas logo desatam
O nó rosqueado
E se espalham na mesa
Em sentido bordado

Fugitivas da alma
Sacripantas tinhosas
Engatinham em silêncio
E se escondem num canto
Nele vicejam: espanto